terça-feira, 1 de novembro de 2016

Devaneio


Poema escrito pelo advogado criminalista Anderson Menezes, formado em julho de 2016 em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie





Era meu último dia de vida
Estava aqui esperando para morrer.


Nossa, que alegria, o paraíso ou o inferno
Enfim, poderia conhecer!

Finalmente sairia deste mundo de rebeldia
Onde não se dá mas se espera receber. 

Ora, que porcaria! 
Um lugar em que tudo se quer 
E nada se merece ter.

Daria meus últimos suspiros
E não mais precisaria suplicar
Para que me deem um ar que eu respire
E ouçam o que não pude falar.

As palavras estavam a me sufocar
E o que não disse nem pude escrever
Pois sempre que o fazia procuravam me calar
E apagar tudo o que iriam ler.

Ajoelhei-me aos céus 
E rezei para as estrelas
Mas ninguém veio me socorrer. 

Em meio a tempestades apaguei velas
E preferi o frio a me aquecer.

Quando tudo parecia perdido
Uma esperança senti se acender. 

Ao fim do túnel havia um grande abrigo
Era a eternidade na porta a bater.

Enquanto eu sonhava
Outros riam comigo
Mas quando eu chorava ninguém vinha me conter. 

As lágrimas meu sorriso calavam
E minh'alma a tristeza seguia a abater.

Então decidi abrir para a solução
Que vinha partilhar a bem aventurança com prazer
Sentia palpitar o meu coração
A cada instante em que sugavam meu viver.

Meu sangue escorria
Minha face queimava
Meu corpo se corroía
E a morte me condenava.

Talvez poderei vir de vez em quando
Mas com certeza não posso dizer
Pois então será um desencanto me procurar 
E não poder me ver.





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